sábado, 23 de outubro de 2010

Suas Quatro Fases


     Olhando pro espelho, e ela olhando pra mim. Esperava que ele apenas me ligasse. Deitei na cama, e me perguntei o porquê de Deus se esquecer de mim, às vezes. Me arrependi de imediato, mas ainda não compreendia tamanha má sorte. E esperei. Olhei pro relógio pela trigésima oitava vez, e essa me saiu como um tiro. Não foi fatal, mas aquela angústia estava me matando, e eu mais queria era ir. Ir aonde você está, querido.
     Seguindo, eu o tinha com ódio, ódio dele não me procurar, dele não me conhecer como o conheço, por não retornar minha ligação. Custava ele me dizer onde está? Custava ele me dizer que me ama, ou que não? Acabaria com toda essa doença, já que não faz de cura. Mas me ame, só hoje, e pra sempre. Ou pelo menos o suficiente pra ser eterno.
     Por fim, ai, como me sinto uma tola por passar a noite à espera de alguém que não me quer como eu o quero. Eu não sou tão ruim, ainda sou humana. Mas solidão, agora de uma forma mais amena - falamos de amor, não é?- e corrosiva, me faz parte desde que me entendo por amante. Só permito as lágrimas para que me façam companhia, e não passe a noite sozinha.
     Mas estarei bem, mesmo sem ele, há outros e outros. E me tenho a vida toda para amar, e durante ela amar muitas outras vidas. E um dia não precisarei esperar que ele, seja ele quem for, me ligue.

3 comentários:

  1. O que falar do amor, prefiro nem dizer simplesmente sentir..
    porque as vezes ele é complicado de se tentar explicar!

    ResponderExcluir
  2. Love yourself. E todo o resto fluirá!
    Adorei o blog!

    Estou seguindo-te!

    Beijos!

    ResponderExcluir
  3. O verdadeiro amor, ultrapassa os ponteiros do relógio e é vai mais além do tempo. É algo inexplicável. Lindo blog e lindos textos Beatriz, já seguindo.

    Beijos e boa semana :)

    www.luriacorreamartins.blogspot.com

    ResponderExcluir