domingo, 20 de fevereiro de 2011

Guarida



Dezessete maneiras de se abater um sentimento. Três de trazê-los de volta. Ainda não sei quantos são e de onde vêm. Eles sempre vêm. Seja para te matar, te ressuscitar ou te deixar entre um e outro. Sempre são o que a gente pensa ser, até que não sejam. São aquilo que são, seja qual for a nossa interpretação. É só sentir ou não sentir. Não é música que você ouve com as mãos, nem instintos que reage com o corpo. É. Ele é.
Sinta o calor do sol que acaricia a sua pele, a brisa da noite que te ameniza. Sinta  o calor da sua alma e o frio do meu coração. "É tudo questão científica", insistia. É tudo questão de relação, reciprocidade, vontade ou acaso. Ainda melhor: questão de não ser questão. Ser favorável ao sentimento, interpretá-lo e ser passivo. Mas o sentimento além de doce pode ser agressivo, animal. Menos coisaisso é conto para outro conto. Pacífico. Assassino. Quero, além de não fazê-lo matéria, me privar do tal conhecimento teórico. Eu quero sentir a prática de sentir, eu acho.
Duas formas de se despedir para sempre, uma de conhecer outro ser e um mar de tentativas de ser, sentir e estar. Volte para casa e se tranque, siga as ordens de seus pais, não viva, se jogue da janela mais alta do prédio mais alto. Ou simplesmente seja, sinta(-se). O sentir pode te empurrar daquela janela, mas pode fazer outro te salvar. Sentir por si só é natural. Por si só. Simplesmente, tenha-se, compreende? Sente.

2 comentários:

  1. Caramba!!! Lindo o post.
    A vida é assim, ne? Um mar de sentimentos que, muitas vezes, não sabemos de onde vêm, pra onde vão... O bom disso é simplesmente viver, não é mesmo?
    Adorei seu blog. To seguindo já! ;)

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  2. E eu uso todas as formas possíveis para louvar o seu texto!

    Abraços,
    Caju.

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