domingo, 19 de junho de 2011

Um Pouco de Outono

Carruagens que nos encaminha direto ao tanto de nada, corredores com cascalhos velhos, folhas secas que caem para nos festejar. Uma bela moça, um vestido branco, e sonhos mal realizados. Já eu, eu desisti de visualizar o futuro próspero que nunca chega, simplesmente agora os fantasio tingidos numa lona, com toda a esquisita e uma orquestra circense. Belos cavalos brancos, e a carruagem segue. Ora, senhores, liberte-me e assim brincarei de viver. Liberte-se e sua vida será. Pesadelos que nos assombram à noite serão fortes o suficiente para destruir toda a vida que dança dentro de você, e que você almeja, e agora me fantasio e me assombro e me conquisto. E logo vou embora.
Trompetes anunciam nossa chegada, as folhas ainda despencam com uma leveza bendita, e não há qualquer catástrofe que nos desperte à realidade. Caso queiram isso, não os impeço, mas me deixe ser mais bonita. Quero tingir de alma toda a vida que nos cerca, e me (re)vestir dessas cores. Quero brincar de ser a luz que lhe ilumina, e você, a neblina que me abraça. E numa fusão de tons e sonhos mal dormidos, lhe arrostar enquanto minha respiração entra na sua. Esquecer de inventar e culpar Deus, e sentir uns aos outros. Em qualquer lugar. Antes de sair e ir embora. Da gente. E, antes de ir, libertar, meu anjo.

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