Carruagens que nos encaminha direto ao tanto de nada, corredores com cascalhos velhos, folhas secas que caem para nos festejar. Uma bela moça, um vestido branco, e sonhos mal realizados. Já eu, eu desisti de visualizar o futuro próspero que nunca chega, simplesmente agora os fantasio tingidos numa lona, com toda a esquisita e uma orquestra circense. Belos cavalos brancos, e a carruagem segue. Ora, senhores, liberte-me e assim brincarei de viver. Liberte-se e sua vida será. Pesadelos que nos assombram à noite serão fortes o suficiente para destruir toda a vida que dança dentro de você, e que você almeja, e agora me fantasio e me assombro e me conquisto. E logo vou embora.
Trompetes anunciam nossa chegada, as folhas ainda despencam com uma leveza bendita, e não há qualquer catástrofe que nos desperte à realidade. Caso queiram isso, não os impeço, mas me deixe ser mais bonita. Quero tingir de alma toda a vida que nos cerca, e me (re)vestir dessas cores. Quero brincar de ser a luz que lhe ilumina, e você, a neblina que me abraça. E numa fusão de tons e sonhos mal dormidos, lhe arrostar enquanto minha respiração entra na sua. Esquecer de inventar e culpar Deus, e sentir uns aos outros. Em qualquer lugar. Antes de sair e ir embora. Da gente. E, antes de ir, libertar, meu anjo.
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