terça-feira, 31 de agosto de 2010

Voltas

Como me incomodo com as coisas mudando repentinamente! Como, por exemplo, uma hora ter tanto amor pela vida e na outra escrever inúmeras cartas de despedida, mesmo sem conseguir entregá-las.
Queria expulsar as visitas pra ficar sozinha com uma overdose companheira. Não. Não teria coragem.
Não faria as pessoas em minha volta culpadas sem razão.
Tão estranho ficar só, mas ao mesmo tempo com tantos ao seu lado. Talvez o que falte seja alguém pra compartilhar essa solidão.

Gritos.
"Pare! Me deixe em paz!"
Lágrimas.
"Por favor, vá! Por favor."
Como calar essa voz, Deus, como calar? O que se fazer pra ela ir embora?
Bem, se eu soubesse agora talvez estivesse contando de flores, pôr-do-sol deslumbrante, ou qualquer coisa ao invés de uma voz dentro de mim que me faz tão miserável e desprezível. Mas de mal se faz virtude. Se faz verdade, sem querer concordar com tudo o que ela diz. Mas pode se dizer que ela me bem aconselha e também me faz companhia. Não como gostaria, mas é a única a estar comigo sempre. Sempre.

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